O volume e a complexidade do trabalho que foi produzido nos primeiros meses, exclusivamente com a prata da casa, alguns órgãos gestores desse país pagam rios de dinheiro a empresas de consultorias para tê-los. A confirmação dessa força veio com o que fizemos na semana passada. O planejamento do dia “Na Cidade sem meu Carro”, feito por uma equipe reduzida, resultou em uma ação que talvez muitos não tenham noção da sua dimensão e importância. Não estávamos dando apoio a nenhum evento. Nós éramos o evento. Foi muita ousadia. Nos expusemos de uma forma que a cidade inteira estava com os olhos na gente, à luz do dia, um dia inteiro. Envolvemos autoridades e tivemos a adesão de todos os setores contactados, tanto públicos quanto privados, que prontamente acreditaram na nossa proposta. Acreditaram porque era uma proposta com um objetivo nobre e, principalmente, acreditaram na STTrans. A maior de todas as conquistas foi a simpatia da população à causa. Quem esteve na rua naquele dia, sentiu de perto como a ação foi bem recebida. Não interessa o que disseram os jornais. Nós sabemos mais do que eles.
Foi muito trabalho. Muita adrenalina. Envolveu da turma dos serviços gerais, que trabalhou com dedicação até a madrugada da quinta-feira, à superintendência. Citar os nomes de todos os envolvidos, embora merecido, seria extenso. Porém, alguns grupos merecem destaque especial. Primeiro, Gilmara e Sandra, que demonstraram um forte espírito de liderança, dedicação e capacidade de articulação. Sem o esforço das duas, o evento teria ficado apenas na vontade. Segundo, a equipe que tornou possível a operação na Av. Epitácio Pessoa: os agentes ciclistas e motociclistas e os fiscais de transportes. Sem eles, aquela experiência ousada e extremamente arriscada não teria o êxito obtido. Mas não foi simplesmente a presença deles que marcou a operação. Foi o esforço pra que a coisa desse certo. Foi a jornada de trabalho dobrada e exaustiva pra suprir nossa carência de verdadeiros agentes de trânsito. Sabiam da importância daquilo para a imagem do órgão junto à sociedade e provaram, de forma cristalina, que um agente ou fiscal com essa dedicação vale por muitos que não tem amor à camisa. E é em situações como essa que valores afloram e se identifica facilmente com quem a gente de fato pode contar.
Foi por isso que iniciei essas palavras dizendo que dizendo que se tivesse de sair hoje da STTrans, sairia feliz, porque vi o acordar de um gigante que há muito estava adormecido. Vi e senti de perto a sua força. Somos capazes de fazer qualquer coisa por essa cidade. E não há ninguém melhor do que a gente pra isso. Sem medo de dimensão ou polêmica. Na Av. Visconde de Pelotas foi colocado um grande mural pra que as pessoas escrevessem alguma coisa sobre o dia. Acho que fui o único que não escreveu nada. Não sabia o que colocar ali. Apenas no final da operação da Av. Epitácio Pessoa, consegui encontrar uma palavra que descrevesse bem o que eu estava sentindo e a transmiti por radio para os fiscais, ciclistas e motociclistas. Mas isso fica entre a gente...
Nilton Pereira
Colega de Trabalho
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